22 de dezembro de 2008

A COLHEITA
Eu sou assim moleca com os pés no chão;
Vestido de chita, cabelos ao vento...
Sorriso maneiro...
Quase sorrateiro!
OLHAR DE SOSLAIO LÂNGUIDO E PROFUNDO;
Olhos de GATA TIGRADA...;
Sorriso Tigrado de TIGRESA...ONÇA PINTADA!
Gosto de mim assim como sou;
Dessa humanidade em mim sempre aflora quase desumana;
Que há todos os instantes mesmo os mais pueris;
Jorra como fonte água, água...
Pago qual quer preço;
Mas, de mim não, não abro mão!
Podem se quiser apunhalar-me;
Eu não me importo já estou aos pedaços...
Então...
Fecho os olhos e aborto todas as desilusões...
Que dia a pouco tempo foram atrás!
Ah! Esses botões!
Um a um...
Sem pressa sou uma artesã mistura sua argila ou seu tear lentamente!
E descubro-me...mostro a alma, o corpo semeio a vida...
DESDE O ÚTERO!
E deixo-a sair...
Céu
11/10/2008

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