24 de fevereiro de 2009

Vim do pó; nasci da poeira estrelares... Dizem que foi do barro; e que roubaram uma costela e assim criou-se mais bela das invenções acredito ser a mais bela das criações divina e deu-se um nome MULHER; não sei se era noite ou dia; se havia montanhas; águas; rios; oceanos; ou outra criatura se não o meu semelhante; minha própria imagem; que como ima atraía-se e nunca mais sequer pensaram em separa-se; sou filha das trevas; das luzes; do sol e da lua; da noite; do dia; sou chama quente volúpia desejo que nem à noite nem o dia saciam; sou gelo macio descanso; vivo faminta entre a vida e a morte; sou espírito que anda e arde nos desejos proibidos; frutas maduras seiva macia e doce; que delicia mordê-la; come-la; saboreando como se explorasse um novo mundo; o mundo inteiro; mas alimento-me também da paixão alheia; não conheço e nem peço perdão; nem os divinos têm nada a pedir ou suplicar; a quem acho deveriam perdoassem; ou a nos pobres mortais pedir desculpas por ter-nos criados de barro; não rezo e nem faço o sinal da cruz; se quiserem crucifiquem-me da mesma forma; façam... num to nem ai pro que pensam; não fui eu quem inventou a morte pra alcançar a salvação divina; não sou quem a milênio mato e sangro em nome de uma Terra Santa; não me façam celebração a nada; vou o avesso da verdade que prega-se e salva-se em nome do amor; o amor por si já me salvou! Não sou eu quem vai pagar pelos pecados todos tão bem castigados; todos tão bem pagos; então que continuo com o que sou e com o que tenho; faça amor; ame ate cair de cansaço porque um dia olharas pra trás e nem essas lembranças alcançarás tal distante de nos ficou; vivo dos amores clandestinos que roubei quem sabe ate de ti e sigo sem remorso; pois o que importa o mundo ele é assim; hipócritas; não são santos, mas se diz divino espelho de alguém já condenado e mártir ressuscitado! É o fim... De um tempo que começou com o pó das estrelas e um encontro de imas... que infelizmente tinha algo no caminho e nos segredou o Drummond “tinha uma pedra no meio do caminho...” não era pedra meu nobre poeta é uma cobra...

Céu

24/02/2009

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