4 de março de 2009

DOIS LADOS E A OBTUSA OBLIQUIDADE

Era uma linda silhueta; perfeita vista de longe; vejo pelo ângulo oblíquo; mas ao aproximar os olhos atentos; vi riscos escuros como se escorresse sangue negro; a perfeição tem a gloria da imperfeição; a possibilidade dois lados; duas silhuetas; dois lados vistos pelo obtuso olho que vê além da profunda obliqüidade da aparência; sem foco; como um ponto no centro do corpo; ponto de exatidão; laço que funde-se com uma nova vida alimentando-a e trazendo-a vida; saindo dos fluidos largo embalo da vida; pra o obtuso mundo das ambigüidades; deste corpo em chamas; marcado; olhos que vê o ponto da afetividade e da sobrevivência; entre os que estão aqui e quantos ainda haverá de vir e por quanto às vezes vamos nos perguntar e muitos e tantos vezes pra que!


CÉU

04/02/2009

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