8 de julho de 2009

IMORTALIDADE



Das almas que vc conhece será que resta alguma que sabe da sua alma sincera, sem sangue nas mãos pra não alterar as suas sinceras e primeiras impressões a união sincera, o que será que é necessariamente verdade ou ilusão da ilusão perdida e tão procurada, onde sonhamos acordados, que nada no mundo nos impeça de acordamos pelo lado avesso e entornar o copo desperdiçaríamos o vinho bebida sagrada, mancharia o vestido, estragaria a toalha branca de renda portuguesa que tristeza! Fiz de tudo na fase da vida, na, mas na mais pura fé fui traída, farta de tudo penso em um parto sem dor, mas como tê-lo sem sabê-lo, nada impede o amor, se não seus próprios obstáculos, e será que a essa altura meu verso impróprio, impune, que nem fala em união, pois esta de olho na fotografia e o que vejo são risos, brilhos, e amanha será o que! Além de amarelos sorrisos escurecidos pelo papel envelhecido, mas nada nem o obstáculo mais constante será empecilho constante pra que eu seja a foto hoje, que no mínimo amanha vacilo e tenha um tímido tremor, que não altera o sorriso da foto, quem sabe o fantasma do ontem venha e traga-me o sorriso do amanha, invertendo a foto braça sem cor, amarelou, perdeu cor, e sem tremor ao temor vacila, amor é marca dominante e etérea em sua fome, buscas incertas, que pensa encara com destemida coragem ao olhar a foto, um astro errante que comandou a vela de um barco errante, astro sol dominante, a foto não tem tempo nem dar bola pro tempo, ta lá, intacta união com o passado, presente e futuro, que me poupe Deus a maturidade já que me passei da mocidade, que não me transforme em mais um por ai há desconhecer as horas, olha a foto prefiro entrar pra eternidade, que tê-la hoje e amanha anos depois nada ter além do velho e surrado sorriso, lindo diamante puro na flor e na foto, brilham escarlates em mil cores e desamores, risos, guizos, choros, falso, diamante de cores te dou poeta, prova que a foto continua bela, falso meu poeta ela amarelou, rudimentarmente bela pálida alimenta-se das palavras ditas a uma foto antiga e ainda bela, será agora ou manha quem sabe falso diamante, falsa imagem, falso amor, falsa união que descrédito, o riso, o guizo, sou eu a face que te chama, nem foto, nem bela, nem poeta! Sozinha sem choro e sem vela, caminho entre os espaços que agigantam-se e eu encolho e fecho os olhos será que os abrirei um dia...

Céu

07/07/2009

Nenhum comentário: