18 de julho de 2009

Quando criança lembrava um anjo aqueles de cabelos encaracolados e chamava-me uma amiga de anjo travesso, parece que fez um pacto medonho essa menina queixava infeliz e com saudades minha doce amiga “que será que fiz a deusa dos olhos cor de anil. Só numa amizade assim, somos felizes, nos matizes da SINCERIDADE”. Bem servida sempre triste apesar dos largos e longos sorrisos, incapaz de deixar escapar uma lamentação, mas propensa ao furor das traições sempre a espreita, cheirava ao zelo infernal das roupas e capas, e um ciúme mórbidos das suas flores e seus jardins suspensos, bebia escondida o néctar que deveria ser dos beija flor, e nem sequer um visgo de arrependimento lhe cabia, mesmo propensa a atos de ternuras, sempre suave, seus gestos melancólicos; devota e idealistas sonhadoras deitava-se em talentos natos sobre a luz do dia ou da noite, nada cabia-lhe tudo sobra-lhe, pela evasão dos próprios sonhos era devota de uma santa e dela tornou-se seguidora, e não somente no altar a mando dos padres ou frades já que admirava santos desvalidos, muita doçura para ela era pouco na sua meiga caridade e feroz solidão, dormia sonhava com ávida vida dos pobres e desvalidos da cidade, acordavam pra sonhar a realidade, poucos entenderam a infeliz cigana, nômade, que sonhava que saltaria de estrela em estrelas ate pousar na Lua, Marte, ou quem sabe o Sol seu astro soberano, seus sonhos e projetos inacabados. Saiu nas paginas do jornal local o dia e data morreu sozinha, mas não acredito infeliz.

Céu

18/07/2009

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