26 de outubro de 2009

AO SOM DO SILÊNCIO



Minhas palavras andam a passos largos;
A agigantar-se mais que a luz na rápida e fluida luz e sombras que prolongam-se como ecos perdidos entre montanhas,
Como ondas ou partículas ultrapassando a linha do som!
Superando a velocidade do pensamento e a verdade entre linhas escritos com real e descuidado esmero sem maquiagens,
Vaidades e verdades antagônicas e tão próximas fáceis de sentir difíceis de ouvir,
Às vezes inunda-me o amor como uma palavra escrita;
Como sentimento representado pelos gestos suaves mudos!
Folha transbordante que um dia o coração em festa pela gestação eterna dormia todos os dias embalados pela grandiosidade da vida;
Sem querer certo dia as palavras acordaram abortadas;
Sangue espalhando-se como petróleo no mar
Dilacerado;
Corrompido;
Saquearam o meu coração que gostava a luz da paixão inocente dos que amam;
Olhei o mar e não sobrevivo as suas ondas e inconstância; mas posso enfeitar-me de conchas azuis/brancas/rosas como deve uma rainha que deixou de reinar e entregou o Cetro;
A Manta;
O Estandarte;
O Brasão;
A Coroa;
Hoje vivo em cascatas entre as águas que bifurca-se no mar;
Tem um halo que deixa raios penetrando-se;
Misturando-se as águas entre continentes espaços desconhecidos ambíguos como a própria vida;
Piscinas que mais parecem espelhos de água entre rochedos;
Possui a minha alma a inquietação dos mares;
Que coroaram-me as algas;
Conchas e as estrelas-do-mar!
Onde adormeço sobre os cascalhos,
Seixos acariciando-me e pingos de água ao som das palavras onde saem orquestradas pelo piado das gaivotas que bailam entre as nuvens.

Céu
26/10/2009

2 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...
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