12 de novembro de 2009

ABSTINÊNCIAS


Olhar vazio sobre pastos em alaridos soltos,
Pedaços de sentimentos por todos os lados das nossas loucuras,
Enquanto a cabeça adormece,
Agiganta-se os sonhos,
Tão pequenos que cabem dentro dos olhos,
E se estiver triste,
Calada,
Pensando em nada,
Às vezes pensamos vazio,
Pensamos como se estivéssemos parados,
Alguns nos chamarão de loucos,
Silêncio templo constante dos pensadores do tudo e do nada,
Hoje cheguei cedo ao meu templo onde habita todos os rumores,
Ruídos, sons vindo do mais profundo silêncio,
Que eu finjo estar surda, muda, penso nos que chamam as loucuras que são tão estão vivas, e as entorpecem,
E que nos penetram a qualquer hora,
Não como experimento,
Apesar da longa caminhada pra o meu (re)nascimento,
Não existiria a arte sem a imaginação dos notáveis e sensíveis loucos,
Transbordando até pelos poros suas dores imaginárias,
Imaginaria pra quem não sabe entende-la real,
Autentica, transformam esses seres proféticos e canonizadas pela sua própria solidão e abstinência de palavras vãs,
Loucos nas suas próprias agonias, sabores, amores, prazeres...
Será que dar pra controlar o tempo dos loucos!

Céu
12/11/2009

Nenhum comentário: