Pomar de sonhos

Sinto o vento que beija minha boca, afaga meu rosto, balança os meus cabelos; acariciam-me brisas leves e suaves como um banho de espuma! que afeto será que busca, procura, sente falto, e nessas buscas perdem-se na escuridão dos sentidos; como pode passar essa paixão assim tão despercebida; onde depositaram a ternura tão terna que acariciava as mãos, beijava os rostos e invadia os corpos com promessas de amores eternos; é como se o orvalho abrigasse nossos sentidos; quem sabe não somos frutos das nossas próprias negligências aos avisos que a vida dá; a vida pode ser mães, mas também madrasta que se fantasiar de Fada; e na primeira oportunidade testa todos os limites humanos; ser tua; amar-te não é castigo é dádiva; foi sendo tua que aprendi a pertencer-me... Foi colando todos os mosaicos que aprendi a conhecer todos os riscos, diferenciar como ser frágil e forte riscar os meus próprios caminhos, entrelacei a mão do meu anjo oculto que mora comigo desde a infância; atravessei ruas; brinquei em jardins; jogamo-nos como se voar pudéssemos, risquei ainda quando pequena nossos nomes; conversamos da morte e principalmente da vida... Hoje ele dorme comigo na minha cama... crescemos e quando nos olhamos percebemos que a vida só tem beleza se houver mistério; se conseguimos manter a parte criança que mesmo que a gente brigue ela esta sempre por perto; mostrando que a vida nem sempre foi assim...será que um dia lembráramos todas as lágrima fugida la do fundo das saudades daquelas velhos tempos, não digas nunca que nada vivemos, nos nós achamos e só me encontro quando para ti olho, se nos perdermos promete meu anjo amado, amigo que me entrarás nos meus sonhos e sonharás comigo...abraço-te meu anjo, amor antigo desde a infância e encho-te de beijos...nesse instante sou uma criança que descobriu que ainda pode vencer os medos e buscar seus sonhos e escondê-los em uma caixinha transparente de cristal, como escondi meu primeiro dente pra fadinha...pra que todos os pedidos presos nessa caixa realize-se...e dançarei, cantarei...e esse dia será encantado; mágico; único; e pra ninguém pensar que são particulares, os meus sonhos eu os divido...vem vamos brincar...Plantei nos rios, nas cachoeiras, nas arvores e no pomar todos os meus sonhos; Eles brotaram...e estão flutuam ao vento vem vamos catar um a um não tenhas medo são só sonhos...
Céu
04/02/2009