Tão logo ao amanhecer morria; já chorava todos os serenos que aos seus olhos duas janelas de água podiam; quem como eu não lamentaria o caráter efêmero, inconstante que tem e nos oferece o dia; quem nem ousar chorar podiam, pois logo cedo já partia; que desígnio oh! Triste noite que o dia mal propicia já enxerga a impossibilidade de reviver-te igual; morreste ontem pra renascer depois; por que será que sempre vens à conta gotas, a cada cilada do relógio que insiste em passar! E nos pobres passageiros nos cabe somente o ontem lembrar já passado e nem sempre pra rir ou pra chorar; que controvérsia, ambigüidade é a vida; sem armas; sem dia; sem hora; sempre nos resta esperar! E sempre ter que ficar entre a angustia e a dor que a saudade dar! Do existir no presente e a impossibilidade; das impropriedades que o novo sempre trás; no âmago dos meus anos plenos qual finitude far-se-a presente em nossas vidas incompletas por medo dos castigos tornan-se-a mal vividas; sobra-nos tentar bem mais e melhor o nosso agora; a nossa passagem na terra legar-se a dor dos que ficam; que pra defender-se da dor choram; juram; amam mais na morte do que jamais amaram em vida; eu só lamento o meu próprio pranto; quero sempre colocá-lo a parte da razão não das minhas lagrimas testemunhas fugazes e ferozes da minha eterna dor mesmo sentida longe do pranto... Sobra-me apenas uma lágrima meu amado que a ti dedico consternada, pois pra ti tenho escondida; logo depois amado meu depositarei em teu rosto lívido cianótico para que possas levar contigo, se não for possível nessa vida; que venhas buscá-la noutra! A ti o meu silêncio; meu amor esse castigo a sua ausência sempre andará comigo...Céu
22/02/2009
Priscila...minha Flor orvalhada tens o meu amor e o meu coração; mesmo que uses aço...nem precisarias...caminho junto a ti mesmo que faça chuva ou sol...se sentir um leve toque no teu rosto sou que te dei um beijo!...amo-te
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