21 de fevereiro de 2009

SILÊNCIO EU PRECISO ENTRAR NOS MEUS SILÊCIOS FECHAR A PORTA E JOGAR A CHAVE FORA ...Hoje fiquei escrevendo com a caneta dos pensamentos, fiz varias cartas, pra amigos, filhos, pais, irmão; marido ate pra DEUS! E como ficaram prontas rápidas decidi colocar pra cada endereço e assim fui posta-las, depois de tanto tempo a claridade me confunde e fere meus olhos, mas num é que no meu caminho havia uma pedra de tamanho absurdo lembrei-me do Carlos Drummond de Andrade e ate ri as pedras dele. na verdade não eram gigantes! O gigante ali era o próprio Drummot, sorri pra esta lembrança de uns tempos tão diferentes; pessoas mais humanas; amigos de verdade e com verdades; mas meu coração é inquieto num quer sossego e hoje eu exijo que ele pulse devagar, cadenciado como pulsar todos os corações bem alinhados; minha cabeça hoje exige silêncio; estou muda; diante do meu próprio espelho calo-me; nunca antes tinha imaginado ser aprendiz de mim; esta aprendendo com a minha própria vida; a vida cansa; é pesada e traiçoeira; se nos pega descuidas; coitados de nos; não sou tudo e nunca quis nem por um instante quis ou apetece-me ser só eu apenas existir nesses pequenos espaços que deixo escorrer de mim; sempre digo pra quem quiser ouvir - diante de uma emergência se souber o que fazer afaste-se e deixe pra quem sabe fazer, pois tentar o que não se sabe só ajuda a dona morte, que não pensem dorme ou tira férias, esta sempre a espreita qual formosa e medonha cabe a essa linda ou feia sei a quem importa isso saber; sempre esta lá a nos esperar; esqueçam ha era dos super homens, super pessoas, super sei lá mais o que não existem mais, não sou maior ou menor diante de ninguém; por isso vou lacrar boca; ouvidos; mandar amarrar-me as minhas mãos elas hoje elas num servem pra nada; então pergunto a DEUS por que salva-te a minha vida ao nascer, mas não livrou-me das dores que TU sabias eu passaria! Que pai é este que enche de glorias uns e mata de fome tantos outros; onde esta a caridade, a piedade a ti empregadas quando deixa que teus filhos morram em teu nome amordaçado; amarrados com bombas; porque sendo DEUS não nos livra do tormento, alegra-te servindo-te de palhaços; marionetes; nos pequenos seres...

Ajoelho-me em frente de um DEUS PAGÃ e nada peço nada...Pois só tenho lágrimas, magoas, dores; pesadelos sobre a ira de um DEUS vingador! Como posso adorar um DEUS que tudo que se faz é sempre em seu nome e beneficio; hoje eu pediria pra que ele apagasse as luzes; quero escuridão, mas sei não se é possível, não temos essa intimidade, então vou entrar na minha própria escuridão; ate que me esqueçam ou eu esqueça e fique por lá; e não pensem os desavisados que estou atrás de aplausos ou holofotes; nem de milagres, pois se existem nunca os vi; pois seja lá o que for qualquer coisa atribuem-se aos milagres; que siga os milagreiros em paz com sua fé e falsa esperança; e como disse anteriormente só não digam que nasci por milagre; que vivo por milagre; que escapei por milage, digam qualquer coisa por milagre aos milagreiros usurpadores da fé e credulidade inocente dos credulos; eu dispenso; e deixo pros milagreiros internéticos ou reais se assim quiserem; pois não desejo ter uma plantação de palavras mal apanhadas e traduzidas; sigo o meu pensamento ele sabe onde deve levar-me: No final pergunto-me o que aconteceu comigo; onde andará aquela garotinha que continua com medo do escuro; que corre pra esconde-se ao ouvir trovões e morre de medo dos relâmpagos, ainda sou aquela garotinha, vesga; míope; cabelos longos e claros; que uma mão gigante a segurava com tanto AMOR e ELA sentia-se tão segura e feliz; em que tempo da minha vida ele desgarrou-se de mim...o que será que aconteceu com aquela garotinha que mesmo com medo desce pros seus porões escuros; insalubres e frios e lá deixa-se ficar!

Céu

20/02/2009

Um comentário:

Anônimo disse...

Meu Céu de brigadeiro...

Tenho um coração descompassado dos ritmos do mundo,como o teu...
E também cansado desse mesmo "deus" que dorme...

Faço de teu silêncio a minha voz...

Portas fechadas!