8 de fevereiro de 2009

A VIDA EM UM SÓ DIA

Calo minha voz;

Mas deixei o coração pulsando devagar pra não morrer imediatamente;

Deixei a porta aberta para que não jorre o sangue por inteiro;

Que caia gota a gota;

Ah! Quantas palavras confesso não falei e nem tão poucas as escrevi;
Por medo que um dia tu as usasses contra mim...

E outra silêncio...

Não reconheço mais nossos caminhos;
Tu os mudaste e hoje diz que fui quem criou os teus atalhos;

Fechei-me em copas pra poder penetrar nos meus silêncios;

Fechei as portas afastei-me de ti quando mais dizias que me amava;

Tudo que dizes eu sei e sabes bem melhor que eu, são meias verdades;

Que por ser meias verdades parecem ser verdades inteiras;

Eu caminhei tempos atrás os mesmos caminhos;

Mas neles só encontrei, mágoas, angústias e tantos rancores, vãs e inúteis;

E minha alma desfeita, cansada, amargurada desviou-me desolada destes teus caminhos;

Não sigo trilhas amor antigo; mas não viverei andando na superficialidade da vida;

Olho para trás sempre na esperança que surja um vulto amigo;

Tento em vão ouvir um riso amigo e uma voz querida, ver nem que seja por segundos um rosto antigo;
Nada, só silêncio...

Prefiro a morte creias;

Que a superficialidades da vida em que me queres;

Já não recordas das promessas e muito menos das juras eternas que fizestes;

Deixa que as águas corram sigam seu rumo ribeirinho abaixo;

E não me olhes assim;

Quero que saibas quem mudou o percurso dos rios; os caminhos pra casa; quem fechou as portas do coração e lacrou a minha alma foste tu;

E se hoje choras, choras porque mergulhastes nos teus oceanos de revolta;

Nos teus rios de vinganças;

Eu não te reconheço mais meu grande amor antigo;

E se me encontrares um dia, num destes acasos imprevisíveis da vida;

Jamais nem por um segundo perceberas minha presença;

Pois emergir quando já não era mais nada;

Sobrevive a ti e com a vida aprendi;
Morremos todos os dias;

Mas podemos renascer no instante seguinte;

E nunca mais me olhes, já não tens direito a esse amor antigo;

E não penses que esta lágrima que rola nos meus olhos são saudades, pois são sós nostalgias do que nunca fomos;

São lágrimas que rolam com saudade do que poderíamos ter sido um dia;

E da felicidade que bateu a minha porta entrou e quando eu mais a queria partiu...

Sumiu...

Levando-me ate alma...

Aprendi meu amor antigo que na vida vale tudo ate sofrer, mas nunca sofrer sozinha;

Eu te perdôo para que voltes em paz;

E deixe minha alma repousar no silêencio e vazios que em mim deixastes;

E nem mesmo em sonhos tenhas certeza me encontraras um dia...

Sou livre...

Sou rio...

Sou mar..

E também me chamam LIBERDADE!


Céu

08/02/2009

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