Calo minha voz;
Mas deixei o coração pulsando devagar pra não morrer imediatamente;
Deixei a porta aberta para que não jorre o sangue por inteiro;
Que caia gota a gota;
Ah! Quantas palavras confesso não falei e nem tão poucas as escrevi;
Por medo que um dia tu as usasses contra mim...
E outra silêncio...
Não reconheço mais nossos caminhos;
Tu os mudaste e hoje diz que fui quem criou os teus atalhos;
Fechei-me em copas pra poder penetrar nos meus silêncios;
Fechei as portas afastei-me de ti quando mais dizias que me amava;
Tudo que dizes eu sei e sabes bem melhor que eu, são meias verdades;
Que por ser meias verdades parecem ser verdades inteiras;
Eu caminhei tempos atrás os mesmos caminhos;
Mas neles só encontrei, mágoas, angústias e tantos rancores, vãs e inúteis;
E minha alma desfeita, cansada, amargurada desviou-me desolada destes teus caminhos;
Não sigo trilhas amor antigo; mas não viverei andando na superficialidade da vida;
Olho para trás sempre na esperança que surja um vulto amigo;
Tento em vão ouvir um riso amigo e uma voz querida, ver nem que seja por segundos um rosto antigo;
Nada, só silêncio...
Prefiro a morte creias;
Que a superficialidades da vida em que me queres;
Já não recordas das promessas e muito menos das juras eternas que fizestes;
Deixa que as águas corram sigam seu rumo ribeirinho abaixo;
E não me olhes assim;
Quero que saibas quem mudou o percurso dos rios; os caminhos pra casa; quem fechou as portas do coração e lacrou a minha alma foste tu;
E se hoje choras, choras porque mergulhastes nos teus oceanos de revolta;
Nos teus rios de vinganças;
Eu não te reconheço mais meu grande amor antigo;
E se me encontrares um dia, num destes acasos imprevisíveis da vida;
Jamais nem por um segundo perceberas minha presença;
Pois emergir quando já não era mais nada;
Sobrevive a ti e com a vida aprendi;
Morremos todos os dias;
Mas podemos renascer no instante seguinte;
E nunca mais me olhes, já não tens direito a esse amor antigo;
E não penses que esta lágrima que rola nos meus olhos são saudades, pois são sós nostalgias do que nunca fomos;
São lágrimas que rolam com saudade do que poderíamos ter sido um dia;
E da felicidade que bateu a minha porta entrou e quando eu mais a queria partiu...
Sumiu...
Levando-me ate alma...
Aprendi meu amor antigo que na vida vale tudo ate sofrer, mas nunca sofrer sozinha;
Eu te perdôo para que voltes em paz;
E deixe minha alma repousar no silêencio e vazios que em mim deixastes;
E nem mesmo em sonhos tenhas certeza me encontraras um dia...
Sou livre...
Sou rio...
Sou mar..
E também me chamam LIBERDADE!
Céu
08/02/2009
Nenhum comentário:
Postar um comentário