10 de fevereiro de 2009

DORMIR AO SOM DOS PÁSSAROS
Estou tão cansada meu amor;
Deixa-me dormir e se eu não acordar não chores;
Estarei bem e sonhando com pássaros, arvores; cachoeiras e vastos campos de trigo;
E olhando o infinito em que nos dois um dia vivemos;
Desculpe-me meu amor, mas estou tão cansada;
Tenho sobre os ombros tanto peso, ate parece todo o peso do mundo;
O tempo não diz mais nada meu amor;
Porque tudo foi inútil, vão, triste como o despetalar de todas as rosas;
Minhas mãos tecem um grande emaranhado de sinais, alerta, meu coração bate vazio;
E eu pergunto quantas portas meu amor se abrirá;
Pouco me importa hoje nem a juventude hoje passada, e nem a velhice me assusta neste futuro presente;
Pouco importa o que pensem; mas me imposto o que eu digo;
Meus ombros carregam o mundo;
Meus olhos carregam tédio;
Meus olhos carregam também lagrimas do que poderia e não foi, escapou, sumiu, transformando-se, agora sou cinza!
Eu bato de porta em porta;
Mas sei que não abriras;
Meu medo não é maior ou menor que o teu;
Só lamento esse bárbaro espetáculo de lordes;
Chega meu maior quero dormir e sonhar em paz, empresta-me teu ombro;
Empresta-me tua alma;
Me deixa ficar entre teus braços...
Cuida de mim meu amor;
Só assim vou-me em paz...
Céu
10/02/2009


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