Corpus, alma e coração; hoje tenho um olhar cinza como estão o tempo e o céu; não chave faz frio; meu coração esta batendo; continua batendo; minha cegueira cúmplice; fazendo amor no meu coração em mil transformações briga com o ontem; que importa-me o ontem se o dia é hoje; se posso ainda esperar o amanhã; sem moderação; moderação demais esfria; em cada tristeza uma pincelada de cal; muita luz; muita neve; muito branco é como estar tateando na escuridão da luz; e não estou medindo tempo; estou medindo as batidas do meu coração; antigamente era eu e outros; mais antigamente éramos eu muitos outros; hoje sou eu, só; entrelacei-me com a luz e junto a ela estamos em outra história a antiga esta fragmentada e perdeu-se na estrada; entrada dos cegos; no caminho caminhos dos amputados; sairei correndo e entrarei na primeira porta; e mesmo assim será tudo como antes; pois só os inícios são diferentes pra aos poucos tornamo-nos iguais; deixarei de fazer sexo; pra fazer amor com o coração e deixando a alma gozar; ter prazer essa eterna criança e terna que sempre volta; sempre temos tempo pra aprender em todos os recomeço; me doarei o meu corpo inteiro; e ofertarei minha alma e abraçarei teu coração, e escreverei era uma vez...
Céu
26/03/2009
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