10 de outubro de 2009

INTERLÚDIO DA SOLIDÃO

O que fazer com a vida, viemos como se fora plantados em uma árvore híbrida numa gestação de nove meses,
Uma vida por vez, às vezes duas,
Três existe registros de dez,
Filhotes de ratos,
Restos placentários da máquina perfeita e infinitamente cruel e devastadora,
Que nem na eternidade conseguimos nos encontrar,
Mas, somos capazes de superármos, ultrapassarmos qualque tipo de limite,
Será por que não existe esta tal de eternidade pela brevidade de tudo,
Por que será que o tempo passa e fica cada vez mais escuro assim como as noites,
Que nos encantava a cada palavra lida e sentida e principalmente vivida com tanta intensidade,
Que os próprios dias tornavam-se assustadores pela,
Mesmo que eu enlouqueça o que esta em volta não muda,
Por que devia tu estar aqui e juntos olhando o mundo florescer e não eu sozinha vendo o mundo em reboliço,
Não tenho a força das tempestades,
Tenho horror as ventanias devastadoras,
Sou a tempestade parida dos vendáveis em noites perdidas e assombradas frouxas e atarefadas,
Estamos sozinhos quando não nos reconhecemos,
Nada existe de fantástico em vendavais,
Com toda sua força tenta subir aos céus em busca das estrelas,
Mas perde-se no caminho porque perdeu as recordações e caiu no vácuo desembocando na condição alheia as suas reais necessidades, invade arrasta o que encontra para sentir-se acompanhado e quando sentem-se acompanhado por outros vendavais querem estar sozinhos,
Não posso dizer que minha força esta na escuridão que acompanha-me,
De metade de mim é o escuro dos noites livres como vento e invadem-se como fora um elemento,
Onde transforma meu coração em uma armadura de aço,
Todos caminhos são trilhas que por si já desviam-se e encontra a solidão,
Que importa se sinto solidão,
Nada importa,
Solidão não tem companhia e não ouve se não seu próprio apelo,
O lugar é o que menos importa pois esta dentro, aqui,
Lá,
Acolá,
Em qualquer lugar,
O endereço é o registro das sombras castigadas e agigantam-se não pela grandeza que tráz no coração,
Mas, no isolamanto impiedoso que enclausura-se!
Mas pela responsabilidade da tristeza de muitos,
A solidão é indiscreta,
Irreverente,
Agressiva,
Desbocada,
Não esta nem aí, e é como um deserto que povoa um só universo,
Egoísta,
Má,
Existe para poder dar vida a outra que mora dentro dela e sai vez por Outra em busca de ar,
Um dia pensei que pudesse medir minha solidão pelo peso das notas Musicais,
Pela velocidade da luz,
A solidão é imaterial,
Obtusa,
Tenho as lágrimas dos orvalhos presos atrás dos olhos!
Céu
10/10/2009

Um comentário:

Anônimo disse...
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