3 de outubro de 2009

NÃO OLHES PARA TRÁS



Caminhas entre as pegadas dos meus passos,
Pises devagar, pois são todas tão recentes,
E deles sinto dores tão agudas,
Afiadas como um navalha,
Que começam nas estrelas e terminam no mar,
Quando estiveres voltando, não olhes para trás,
Pois, levastes o teu eu mais profundo,
Tua sombra, mas perfeita, teus passos mais firmes,
O teu eu mais bonito,
Não olhes para trás, pois a hora não é de arrependimento e sim recomeço,
Do meu maior desafio,
Mais afiado e tridimensional como os olhos dos tigres em dias de alerta,
Pois o perigo é voraz, traiçoeiro como as garras de um falcão;
Ninguém poderá acusar-me ou dizer não tentei,
Mas teus passos pegaram outras estradas,
E agora estas entre os relâmpagos e trovões que rasgam os céus e habitam dentro de nos,
Quando voltares não olhe para trás, pois para mim já és uma estátua,
Tatuada nas sombras que deixastes pra trás...
Céu
03/010/2009

2 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Céu disse...

Martin...

Linda reflexão, palavras bem colocadas, clareza, leveza, como deve ser a nossa alma, o nosso espirito, mesmo que enlutado ou triste como o meu, não podemos julgar, e muito menos condenar, se existe perdão é pq alguem em algum momento foi perdoado, a palavra escrita existe para justificar a palavra falada, então nada mais suave que as palavras vindas do coração, olhe pra dentro do coração que esta a sua espera...
Beijo querido e muita luz/paz e se vc prestar atenção os caminhos estão abertos é só sugui-lo.

Céu