15 de novembro de 2009



O ESQUECIMENTO
 


Como posso assegurar-me que o esquecimento não apanhe-me na esquina,
Mesmo aquele,
Guardado nas masmorras do tempo,
Que nem todos as psicologias conseguem explicar,
Onde sentada cansada involuntariamente,
Cada pensamento uma migalha de um verso inacabado,
Cada um condensando-se em suas próprias prisões
Pela própria paixão,
Ou quem sabe gratidão,
Acolho-te como hospede,
Abraço-te a vida inteira,
Por isso mesmo espero-te mesmo cansada, mas venhas lúcida!
Ato, ação e reação acima da linha mental e dos atropelos,
Calam-se os preços e todas as culpas,
A consciência que ameaças com as ideologias envelhecidas e vencidas pelo tempo,
Naufragadas em lama e flores sem pétalas,
Belas sobrevivente das angustias,
A vida é larga, o mundo infinito,
E nos apenas mortais.
Escuta a voz do guardião do tempo,
Há pouco vi o Corvo e suas negras asas, que assustaram os gatos,
Com seus canto agudo,
Quem sabe esta não foi a luz dos últimos dias!
Invisíveis cultos num mar de sargaços!
Silêncios e mistérios,
Não engano-me aos olhos de quem sabe voar!


Céu
15/11/2009

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