11 de fevereiro de 2010


 AMORES SAGRADOS




Como ousarei eu, escrever outras poesias,
Como ousarei trair os meus poetas amores tão secretos,
Que moram dentro da minha cabeça,
Como ousaria agora escrever um verso,
Uma prosa,
E quem faria os discursos inflamados sobre o amor lírico imortal dos amores concretos,
Que habitam os corações apaixonados dos que amam o AMOR,
Com que direito fariam as minhas afirmações segundo as leis reais, sagradas das paixões,
As quais encontrariam injustas e infelizes,
Fazendo-os acreditar que são justas,
Ao amor que lhes dou agora,
A nossa natureza de (semi) deuses disfarçados de humanos sobrevivemos!
E eu sem saber coloquei-a num só sofista,
Mesmo que com enorme desconfiança em relação à poesia e à arte mimética,
Façam o mundo compreender que a musica do UNIVERSO é o eixo do tudo.
E que o amor a única salvação,
Mesmo que amando, ainda assim sangrada!
Céu
10/02/2010

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