7 de abril de 2010

(IN)FIDELIDADE ATRÁS DA PORTA

Porque complicar a vida se ela é completamente sem medidas,
Viver a vida é como se tecesse os fios da aranha,
E abraçar-la sem pudor e sem tentar enganar a saudade,
As tristezas, as alegrias,
Os sorrisos,
As lágrimas retardadas moídas dentro da alma,
Lembranças tecidas e retorcidas como arames enrolado na lama,
Feridas de uma coroa que um dia usei,
Quantas saudades me fazem triste,
Quantas tristezas já me fizeram tão alegre,
Hoje não quero saber de mais nada,
Tristeza por favor volte outro dia,
Hoje não estou com paciência de sentir saudades,
Nem pra chorar lembranças,
Não quero cortes dos espinhos,
Não quero perder o frescor dessa manha nublada,
E perde-me do cheiro da terra molhada,
E se puder faça-me um favor,
Quando sair feche a porta e não insista,
Hoje estou fechada,
Cansada do ontem,
Quem sabe outro dia descuidada não encontres uma fresta aberta!

Céu
07/03/2010

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