30 de maio de 2010


 ARMADILHAS NO CÉU
 Só dentro das  páginas do passado, 
Pura armadilhas,
Esquivo-me em silêncio,
Amargurando as derrotas mais irônicas, suplico ao sol, astro divino a tua subjeção,
Esqueço as ordens que me prendem ao etéreo,
Vejo os vazios, o abstrato entre as constelações,
As Três Maria encantam-me enquanto escapa-me as estrelas cadentes em desalinho,
Entre vazios e espaços inacabados,
Dá-me um sorriso farto minha flor mais bela, 
Marianinha hoje não é dia pra lágrimas minha estrela triste das noites enluaradas
Fica minha bela para que eu vá em paz,
Deixei os sentimentos nas matizes pequeninas lá no alto!
Como aqueles cristais que escapam do Pólo Norte,
Voa azul  Marianinha  fiel companheira de mim és o amor que não provoca dores,
Minha busca acalma-se no mar das aflições não reveladas, 
Afeto negado,
Vi-te rolar no chão perolado,
Insulta-me teu riso de soslaio zombeteiro,
Dor alada que não sentes,
Viu-me cair e nem uma lágrima deixas-te rolar,
Padecem em mim tantos de ti, que eu nunca mais senti,
Afronta-me objeta a mão fria assassina dos instantes em que não te vi, 
Vazio no tempo...
Que finda-se em mim em milhões de contradições,
Sentimentos concomitantes...
Para desaguar-se em rios, mares,
No infinito de nós a naufragar nos berços das hipérboles mais lindas,
Retenho-te imagem,
Apareces diante das retinas,
Transparente, 
Minha casa vazia e minha mais cara agonia,
Rios transbordantes de sereias, estrelas...
Mesmo distante és a minha mais completa cartilha de amor...

Céu
30/05/2010

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