23 de maio de 2010

CILADA

Não quero a tua fé na minha fé tão coxa,
Despertada nas alvoradas dos martírios,
Alça a crença,
Enrosca na minha pele na tua pele,
Ate que as transformar em corpo,
Pesca o dragão,
Engasga de sorrir,
O telefone chama alerta, alerta,
Desconcentra,
Adestre as palavras desenfreadas,
Pegue a faca corte a carne,
Com punhal enfrentes os cataclismas anunciados,
Riscando os espaços,
O aço frio das lâminas...
Ate transformá-los em gotas de sangue,
Sujou o chão,
O vestido,
Nódoa larga alastra-se nos confins de toda a costa,
Enseiada de gozo e prazer,
És sangue,
És corpo,
És vinho,
És hóstias,
Vem,
Fica para sempre dentro da minha boca...
Céu
23/05/2010

Nenhum comentário: