14 de junho de 2009


Nestas despedidas sem mais esperança, só desesperança e nem posso voltar; que falar dos anjos; anjos de brinquedo; anjos verdadeiros; anjos de rezar; anjos das dores senhoras; das dores perdidas sem poder chorar; das lagrimas derradeiras sem medo de deixar-se derramar; já morri na estrada aonde tantas vezes ias me esperar e hoje ansiosa cansada vejo o amor por amar-te tanto te matar; sei que é chegada à hora sei que a dor não passa só se faz aumentar; que essa dor na chegada possas perdoe-me amada por não saber conte-la; perdoe-me se não sei mais chorar; se não sei mais cantar; se não quero ficar, pois se eu te abraçar não te largarei nunca mais; que não ouse negar-me a vida a tua vida; parem os relógios; lacrem as portas; cubram os espelhos; atrasem os relógios mudem os calendários; façam silencio pra que a vida não me negue meu ultimo caminho e te acompanhar qual pássaro ferido com suas asas quebradas...

E quando for chegada quando eu quero te abraçar; um abraço forte puro verdadeiro nem que seja o ultimo com dor e desespero e não querer te soltar; compreenda os céus que eu não queira ainda marcar hora pra poder te deixar; que atrase as horas; que parem os dias; que silenciem o mundo; que se fechem as portas e no mundo não nasça; não morra pra tu poder ficar e contigo estar; que dor mamadeira; que vida passageira que se fez cumprir nesta minha pra entrar na tua estrada e na tua estrada longa e primeira curta e mamadeira não consigo perdoar; que não venhas hoje como sempre vinhas sempre me abraçar; eu sem alegria; sem saber das horas e nem da tua chegada; e sabe que o amor pode me matar; eu não perdôo a vida curta e passageira pra me atormentar; perdoem-me a briga entre estar na vida e nela ficar; se geme a saudade; se dói a vontade; se dorme a saudade que um dia sei vai acordar; e se não me mata a agonia; se não me mata a tristeza; deixa esse buraco amigo; aberto; difuso profundo onde nunca há de passar; pode ate acalmar; mais essa será derradeira e não quero lembrar; minha amada; amiga única e tão verdadeira; por DEUS não marquem a hora sei que ela vai chegar; deixem-me abraçá-la; contar seus cabelos; chorar no seu rosto tão branco; tão triste; tão frio; tão calmo; deixem-me dele arrancar suas palavras; seus risos; antes dela chegar; deixa-me enganá-la; desviar as horas; mudar os caminhos pra ela tardar; tu és minha historia antiga; tu me desde a vida e agora querem te levar; tu assim completas dormindo de corpo inteiro como aprendi a te amar; e sei que não vou e nem vens correndo nunca mais me abraçar; não vou cortar caminhos pra guardar a esperança de tu poderes voltar; e sem ter amada de morre na chegada e essa dor danada; só sabe aumentar; perdoe-me a vida se não entendo e nem vejo saída pra onde quero chegar! E se fores; não vai tão depressa; para no caminho; senta na calçada; toca a nossa musica; toca com tuas mãos na vida pra ela te deixar; e não olhe e nem veja as horas nem com ela conto pra poder te acordar; mas dela prendo-te pra não te deixar e não vou mais sei que vás me enganar...

Céu


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