5 de junho de 2009


Ao som do Madrigal

O que me faz amar-te; ah! Deixa pensar; pequei-te amor; isto sei e cor!Não é tua beleza; muito menos esses gestos delicados e sutis; olhos suaves e de lince de quem olha pra um mundo como quem acabou de nascer; a beleza efêmera então subjetiva já esta em nos é um conceito; estou falando dessa tristeza anuviai-me os olhos; ah! Meu amor sou eu; a tua alma; atua semente nascida da tua costela; eh! É essa minha cor não... Não tenhas medo, não me olhes assim; estou em paz; atravessei a cerca da vida e transportei-me pra o mundo do silencio; onde as dores estão entorpecidas; adormecidas num amarfanhado ferros com ferros contorcidos que poderia ate ser uma obra de arte; onde nem a fragilidade e incerteza estão ali ponto a ponto; a fazer contas; onde não sento e nem rezo; não ando; mão falo; só escuto; não é triste a minha dor ela é só triste; não é humana essa humanidade transvertida de alegria qual mandarim malabarista és seu grande espetáculo seu grand finale; não adoro incertezas; odeio os medos; detesto as escuridões; corredores sem fim; odeio os desertos; desconjuro a Madre Santa não me olha nem me ajuda; Ah! Perdoa-me minha mãe vão rogar-te e dizer-te ela não sabe o que diz... E o mundo; o mundo que vivemos alguém pode responder-me quem sabe o que estamos fazendo aqui! A aminha dor é mais que a ponta de um punhal; a minha dor é mais que visceral; a minha dor se chama DOR... E o adjetivo de dor é dor! Em meu flanco sempre aberto tem uma chaga aberta; o que existe aqui é muita impureza; falta de tudo; a cegueira noturna tornou-me conta e agora ainda devo fingir que o céu é azul; que o céu tem estrelas; que o mar tem golfinhos; eu devo pensar que o céu é o infinito tem buracos negros a tragar-nos, e que a terra; ah! A terra como seria se fosse o paraíso e não este campo de batalha onde nem os melhores sobrevivem. Quanta impureza eu tenho que viver e minhas purezas têm que perder por erros meus; teus; e de todo mundo. Os erros teus, os meus; os erros nossos; em nome de um Deus morto; deposto... Não me perdoem não me olhem assim; deixem que os sinos dobrem; ate que a vida enfim encerre-se. Que eu feche a cortina e deixe-lhes meu último abraço.

Céu

06/05/2009

2 comentários:

Anônimo disse...

eu sou o leu leutraix: o mundo não está para poesias,eu não acredito em poesias nem em amor, a vida é a coisa mais dificil de se viver

Céu disse...

Meu caro Leu Leutraix...
Se fosse facil não seria vida!
Um beijo garoto