29 de agosto de 2009

MIRAGEM

Desculpe-me se não posso sorrir,
Se o meu coração agita-se,
Em um peito arquejante,
Visão turva,trás imagens presas na retina,
Meus olhos cegos em busca de luz,
Desembrulho o passado,
Em minha a volta tanta escuridão,
Vindas do passado não tão distante,
Ainda sinto o cheiro da minha infância suavemente trazidas pelo vento,
Uma lágrima teimosa solta-me dos olhos,
Escondo-me entre noites silenciosas,
Onde o mundo passa sem presa manco, torto, turvo,
Das minhas mãos tremulas escorrega-lhe gotas de saudades,
Do desprezo ao esquecimento,
Olho para trás e apago mais de terço de uma vida mal vivida,
Por mim chama a minha voz interior,
um sorriso timido surgem nos meus olhos vesgos atrapalhado,,
Que entrou pela porta da frente e perdeu-se na porta dos fundos,
Tropecei em meus próprios passos,
Venha o dia, venha à noite,
Eu nunca mais tropeçarei nas minhas próprias armadilhas,
Em uma numa efusão de atrasos,
Encontro-me.

Céu

29/08/2009

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