22 de outubro de 2009

NÃO ME MANDEM FLORES


Meus pensamentos voaram como os ventos que balançam teus cabelos...Em minha covarde fraqueza, nos meus covardes disfarces, torno-me orvalho camuflado entre arbustos rasteiros daninhos, beijo tua boca, deixo lágrimas caindo querendo que fossem pétalas, onde a cada crepúsculo perco o sol que já não tenho e finjo abraçá-lo. Farsante vejo os números dos dias sem sabe-los, perdi-os entre as minhas noites e dias assombrados, que nem começa nem se finda, sempre entre cada um os vendo como um espelho, sem saber distingui-los. Sinto ânsias, sinto tua pele, fantasiosa imaginação para disfarçar a cegueira dos dias entre os dias diante do que olho e não vejo, mas finjo ver, sentir. Os fracos confessam suas fraquezas para poderem ser, olhando com a prudência dos mais fortes. Sou forte, vejo os raios de sol invisíveis, sinto os sons inaudíveis, amanso o sol com um beijo cego, abraço teu corpo dourado de sol do meus olhos cegos e ferozmente inabilitados para a luz. Trago a rude estupidez dos estúpidos felizes, bobo das cortes, pois vejo-te em meus lençóis, sinto o teu suor...São estes delírios obtusos que desfilam e emudecem a farsa, desnundando-a. Insisto tê-lo visto, tocado e sentido, mesmo tendo perdido todos os sentidos...



Céu

21/02/2009

2 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...
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