17 de abril de 2010

JÁ NÃO VISTO-ME DE NADA

Pensas que visto-me com o teu amor,
No meu amor,
E amando-te tanto,
Mas como dizer  que eu te amo se não te amo...
Posto a mesa sinto-a de dois modos,
Seja a vida,
Seja a morte,
Que venha a minha sorte, não em dados!
Não sou uma, sou milhares...
Assim como de muitos modos são os amores!
A palavra é uma asa do silêncio,
O fogo tem metades de frio.
Carrego nas mãos uma Paloma
Um dia entenderás por que,
Não só és o meu amor,
És metade frio vestido de fogo,
Mas a outra metade visto-me de gelo,
Pois carregamos todas as metades dos fogos e frios já vividos,
E tão primitivos...
Mas, também todos os amores,
Gravados como diamantes na alma.
E hoje já não visto nada!
Olha, esta sou eu...
Sem nenhuma escola,
Sem nenhuma letra,
Sem nenhuma palavra,
Assim como cheguei, estou!

Céu
17/04/2010

Um comentário:

Anônimo disse...
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