27 de março de 2010



SOBRE A SOMBRA DOS DIAS


Aqui já não vejo os céus fazem dias,

No meu invasivo querer só sombras,

Quantos mistérios a rodear-me nestes corredores estreitos dos pensamentos,

Caminho entre os pingos da chuva;

Lavando o corpo, tirando as impurezas que a vida trás e a própria vida leva pra bem longe de nos...

Enfim...

Posso tocar nos meus próprios segredos,

Sem revelá-los

Sinto a neblinas envolvendo-me levando-me sem avisos a lugares onde nunca ousei entrar outrora...

Dias sombreados pelas nuvens escuras,

Ah! Esta vontade obtusa a atormenta-me!

Onde penetra sem perceber palavras aladas,

Silêncio profundo penso que a alma tem um olho etéreo,

E eu entrando mais dentro de mim,

E carregando-me pra fora...

Como se estivesse parindo a mim própria!

Ouço meu grito é o nascimento!

Como nascer em silêncio!

E sobreviver a vida...

Céu

27/03/2010

Um comentário:

Lidi Dias disse...

Oi
Lindo poema !
Estou à pensar no que irei escrever, Você descreve nas palavras cada letra como se fosse um desenho que as nuvens fazem no ceu com a ajuda do vento...
lindo!
Profundo!
Beijos na alma
Lidi Dias